terça-feira, 31 de julho de 2012
Desculpas e mais desculpas.
Caros seguidores da MusicariaBarcoteca, o blog está passando por algumas modificações para melhorias de Layout, de conteúdo e organizacionais. Além do mais, as aulas começaram e o pobre escritor que lhes escreve está se organizando,logo, esta semana não haverão postagens até sábado. Nós que fazemos a Musicaria Barcoteca, cientes de vosso entendimento, agradecemos desde já.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Jus esperneando – O zoom político na anomalia do caos.
“O
problema com o mundo é que os estúpidos são excessivamente confiantes, e os
inteligentes são cheios de dúvidas”.
Bertrand Russell
Que rufem os tambores, pois hoje estréia a nossa coluna sócio-jurídica, denominada de Jus esperneando – O zoom político na anomalia do caos. Por motivo de organização cabem aqui pequenos apontamentos feitos por este que vos escreve (Antonio Ximenes Carvalho) acerca da coluna sócio-jurídica organizada pelo Dr. René Iarley da Rocha Marques.
A mesma abordará temas que envolvam Ciências Sociais e
Jurídicas de forma abstrata, entenda-se ampla. Busca-se com esta coluna
informar o caro leitor de forma dinâmica, consolidando o conhecimento tanto de
maneira estritamente descritiva, quanto entre o choque de opiniões que
envolverão o colunista René Iarley e este reles escritor.
O principal
objetivo desta coluna é repassar as informações inerentes aos temas de maneira
pessoalíssima, não apenas informando o leitor, mas também abstraindo e
envolvendo-o em torno do cerne das questões que venham a ser elencadas neste
espaço, sejam elas puramente descritivas ou mesmo polêmicas. O conteúdo informado
e debatido será alvo de um fórum,o qual se dará aqui neste espaço.
O que pode e o que não pode no Eleitoral de 2012 Doutor?
– Esclarecendo
as dúvidas dos caros leitores, conforme o pedido no e-mail que
disponibilizamos, segue um pequeno Checklist das condutas permitidas e também
das vedadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, consoante resoluções do ano
vigente, nas anotações do colunista Dr. René Iarley da Rocha Marques.
1. Início da Propaganda
Eleitoral
– Permitida
a partir de 06/07/2012 (1º turno) e de 08/10/12 (2º turno).
Art. 36,caput da LE, art. 1º da Res. PE
2. Rádio e TV (propaganda
gratuita)
– São permitidas de
21/08/10 até 04/10/12 (1º turno) e a partir de 48 horas da proclamação dos
resultados do primeiro turno até 26/10/2012 (2º turno).
Art. 240, Parágrafo único,
CE, arts. 44, 47 e 49 da LE, arts. 3º, 32 e 36 da Res. PE.
CE, arts. 44, 47 e 49 da LE, arts. 3º, 32 e 36 da Res. PE.
3.Programa apresentado ou
comentado por candidato escolhido em convenção - Vedado a partir do resultado da convenção.
A inobservância sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00, duplicada em caso de reincidência.
A inobservância sujeita a emissora ao pagamento de multa no valor de R$ 21.282,00 a R$ 106.410,00, duplicada em caso de reincidência.
Art. 45, §§ 1º e 2º da LE, art. 27, §§ 1º e
2º da Res. PE.
4. Debates - Permitidos até 04/10/2012 (1º turno), podendo
se estender até as 7h do dia 05/10/2012, e até a meia noite do dia 26/10/2012
(2º turno).
Art. 240, Parágrafo único do CE, arts. 30, IV da
Res. PE.
5. Pesquisas - Permitida a divulgação até nos dias das
eleições - 07/10/12 (1º turno) ou 28/10/12 (2º turno).
Sem prévio registro: multa de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00.
Fraudulenta: detenção de 6 meses a um ano e multa.
A divulgação de levantamento de intenção de voto efetivado no dia das eleições somente se fará após encerrado o escrutínio da respectiva Unidade da Federação.
Sem prévio registro: multa de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00.
Fraudulenta: detenção de 6 meses a um ano e multa.
A divulgação de levantamento de intenção de voto efetivado no dia das eleições somente se fará após encerrado o escrutínio da respectiva Unidade da Federação.
Art. 33caput, §§ 3º e 4º da LE, arts. 12,
13 e 18 da Res. TSE 23.364/11.
6. Imprensa escrita
(propaganda paga) – São
permitidas, até 05/10/12 (1º turno) e 26/10/12 (2º turno), a divulgação paga,
na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até 10
anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada
candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal
padrão e de ¼ de página de revista ou tabloide, devendo constar no anúncio, de
forma visível o valor pago pela inserção.
A veiculação irregular sujeita os responsáveis a multa de R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00 ou o equivalente ao custo da propaganda paga, se este for maior.
A veiculação irregular sujeita os responsáveis a multa de R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00 ou o equivalente ao custo da propaganda paga, se este for maior.
Art. 43,caput, §§ 1º e 2º da LE, art. 26
da Res. PE.
7. Internet
– Permitida a partir de 06/07/2012, vedada a
veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga.
É vedada, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral na internet, em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, será punido, com multa de R$ 5.000,00 a R$ 30.000,00, quem realizar propaganda eleitoral na internet, atribuindo indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido ou coligação.
É vedada, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral na internet, em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, será punido, com multa de R$ 5.000,00 a R$ 30.000,00, quem realizar propaganda eleitoral na internet, atribuindo indevidamente sua autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido ou coligação.
Arts. 57-C,caput e §1º, e 57-H da
LE, arts. 20,caput, §1º e art. 25 da Res. PE.
8. E-mail – As mensagens eletrônicas enviadas por candidato,
partido ou coligação, por qualquer meio, deverão dispor de mecanismo que
permita seu descadastramento pelo destinatário, obrigado o remetente a
providenciá-lo no prazo de 48 horas. Após o término deste prazo sujeitará os
responsáveis ao pagamento de multa no valor de R$ 100,00, por mensagem.
Art. 57-G,caput e parágrafo único da
LE,
Art. 24,caput e parágrafo único da Res. PE.
Art. 24,caput e parágrafo único da Res. PE.
9. Bens particulares
(faixas, placas, cartazes, pinturas ou inscrições) – É permitida a propaganda eleitoral, desde que
com a anuência do proprietário do bem e que não excedam a 4m2.
Deverá ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade.
O descumprimento sujeitará o infrator ao pagamento da multa de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.
Deverá ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade.
O descumprimento sujeitará o infrator ao pagamento da multa de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.
Art. 37, §§ 2º e 8º da LE, art. 11,caput,
parágrafo único da Res. PE.
10. Outdoors – Vedados. A veiculação sujeita a empresa
responsável, os partidos, coligações e candidatos a imediata retirada da
propaganda irregular e multa de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.
Não caracteriza outdoor a placa afixada em propriedade particular, que não exceda 4m².
Não caracteriza outdoor a placa afixada em propriedade particular, que não exceda 4m².
Art. 39, § 8º da LE, art. 17, parágrafo único,
da Res. PE.
11. Postes de iluminação
pública e sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes, paradas de ônibus,
táxis, ônibus, lotações, bens de uso comum (cinemas, clubes, lojas, centros
comerciais, templos, ginásios, estádios) – Vedada a veiculação de propaganda de qualquer
natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta, fixação de placas,
estandartes, faixas e assemelhados.
A veiculação sujeita o responsável a multa de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.
A veiculação sujeita o responsável a multa de R$ 2.000,00 a R$ 8.000,00.
Art. 37,caput e § 1º da LE, art. 10,caput e
§ 1º da Res. PE.
12. Cavaletes, bonecos,
cartazes, mesas para distribuição de material de campanha e bandeiras ao longo das
vias públicas – Permitidos
até a véspera da eleições a colocação ao longo das vias públicas, desde que
móveis e que não dificultem o bom andamento do trânsito de pessoas e veículos;
devendo a colocação e retirada ser feitas entre as 6h e 22h.
Art. 37, §§ 6º e 7º da LE, arts. 10, §§ 4º e 5º
da Res. PE.
13. Alto-falantes e
amplificadores de som (sedes de partidos, comitês e veículos em movimento) – Permitido das 8h às 22h até os dias 06/10/12 (1º
turno) e 27/10/12 (2º turno).
É vedada a instalação em distância inferior a duzentos metros: das sedes dos poderes executivo e legislativo da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos municípios, das sedes dos órgãos judiciais, dos quartéis e de outros estabelecimentos militares; dos hospitais e casas de saúde; das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.
Propaganda irregular: multa de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.
No dia da eleição, o uso é crime. Pena: detenção de 6 meses a um ano ou prestação de serviços à comunidade e multa.
É vedada a instalação em distância inferior a duzentos metros: das sedes dos poderes executivo e legislativo da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos municípios, das sedes dos órgãos judiciais, dos quartéis e de outros estabelecimentos militares; dos hospitais e casas de saúde; das escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.
Propaganda irregular: multa de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.
No dia da eleição, o uso é crime. Pena: detenção de 6 meses a um ano ou prestação de serviços à comunidade e multa.
Art. 39, § 3º c/c § 5º, I da LE, arts. 9º, III,
§ 1º, 54, I da Res. PE.
14. Trios elétricos –
Vedado, exceto para sonorização de comícios, no
horário das 8 h às 24 h.
Art. 39, § 10, da LE, e art. 9º, § 2º, da PE.
15. Showmício e eventos semelhantes – Vedado.
Também é proibida a realização de evento assemelhado para promoção de
candidatos, bem como a apresentação, remunerada ou não, de artistas com a
finalidade de animar comício e reunião eleitoral, respondendo o infrator pelo
emprego de processo de propaganda vedada e, se for o caso, pelo abuso do poder.
Art. 39, § 7º da LE, art. 9º, § 4º da Res. PE.
16.Comícios –
Permitido até os dias 04 /10/12 (1º
turno), e 25/10/12 (2º turno);
Pode ser utilizada a aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico durante a realização de comícios no horário compreendido entre as 8 e as 24 horas.
Propaganda irregular: multa de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.
No dia da eleição, é crime a promoção de comício. Pena: detenção de 6 meses a um ano ou prestação de serviços à comunidade e multa.
Pode ser utilizada a aparelhagem de sonorização fixa e trio elétrico durante a realização de comícios no horário compreendido entre as 8 e as 24 horas.
Propaganda irregular: multa de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.
No dia da eleição, é crime a promoção de comício. Pena: detenção de 6 meses a um ano ou prestação de serviços à comunidade e multa.
Art. 240, Parágrafo único, do CE, art. 39, §§ 4º
e 5º, I da LE, arts. 3º, 9º, § 2º, 54, I da Res. PE.
17. Reuniões públicas – Permitido até 04/10/12 (1º turno) e 25/10/2012
(2º turno).
Art. 240, Parágrafo único do CE, art. 3º da Res.
PE.
18. Inaugurações de obras públicas
A partir de 07/07/2012 é vedado a qualquer
candidato comparecer a inaugurações de obras públicas. A inobservância sujeita
o infrator à cassação do registro ou do diploma.
Art. 77,caput, e Parágrafo único da LE,
art. 53, parágrafo único, da Res. PE.
19. Panfletos – Permitida distribuição até os dias 06/10/12 (1º
turno) e 27/10/12 (2º turno).
Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem.
Todo material impresso de campanha eleitoral deverá conter o número de inscrição no CNPJ ou o número de inscrição no CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem.
Art. 38caput, § 1º da LE, art. 12 caput,
parágrafo único da Res PE.
20. Distribuição de
materiais gráficos, carreata, caminhada, passeata, carro de som – Até as 22h dos dias 06/10/12 (1º turno), e
27/10/12 (2º turno).
Propaganda irregular: multa de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.
É crime a promoção de carreata no dia da eleição. Pena: detenção de 6 meses a um ano ou prestação de serviços à comunidade e multa.
Propaganda irregular: multa de R$ 5.320,50 a R$ 15.961,50.
É crime a promoção de carreata no dia da eleição. Pena: detenção de 6 meses a um ano ou prestação de serviços à comunidade e multa.
Art. 39, § 5º, I, § 9º da LE, art. 9º, § 6º da
Res. PE.
21. Camisetas, chaveiros,
bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou quaisquer outros bens ou materiais
que possam proporcionar vantagem ao eleitor – Vedado a confecção, a utilização e a
distribuição por comitê ou candidato, ou com a sua autorização, respondendo o
infrator, conforme o caso, pela prática de captação ilícita de sufrágio,
emprego de propaganda vedada e/ou abuso de poder.
Art. 39, § 6º da LE, art. 9º, § 3º, da Res. PE.
22. Venda de material de
propaganda – Proibida
a venda de material de propaganda que contenha nome, número de candidato e o
cargo em disputa. Permitida a venda de material de propaganda institucional.
Art. 9º, IV da Res. PE.
23. Eleitores no dia das
eleições – É permitida, no dia das eleições, a manifestação
individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido, coligação ou
candidato, revelada exclusivamente pelo uso de bandeiras, broches, dísticos e
adesivos, sendo vedados, até o término do horário de votação, a aglomeração de
pessoas portando vestuário padronizado e os instrumentos de propaganda
referidos, de modo a caracterizar manifestação coletiva, com ou sem utilização
de veículos.
Art. 39-A da LE, e art. 49 ,caput, § 1º
da Res. PE.
24. Boca-de-urna – Não é permitida e a prática constitui crime. Pena:
detenção de 6 meses a 1 ano, com a alternativa de prestação de serviços à
comunidade e multa.
Art. 39, § 5º, II, da LE, art. 54, II, da Res.
PE.
25. Transporte de eleitores
– É proibido desde o dia 06/10/12 até 08/10/12 em
relação ao 1º turno, e de 27/10 até 29/10/12, em relação ao 2º turno.
A transgressão é crime. Pena: reclusão de 4 a 6 anos e multa.
Arts. 5º e 11, III, da Lei nº 6.091/74.
26. Servidores da Justiça
Eleitoral, mesários e escrutinadores –
No recinto das seções eleitorais e juntas apuradoras,
é proibido o uso de vestuário ou objeto que contenha qualquer propaganda de
partido político, coligação ou candidato.
Art. 39-A, § 2º da LE, art. 49, § 2º da Res. PE.
27. Fiscais partidários – Nos trabalhos de votação, apenas é permitido que
constem nos crachás o nome e a sigla do partido ou coligação a que sirvam,
vedada a padronização do vestuário.
Art. 39-A, § 3º da LE, 49, § 3º da Res. PE.
28. Impedir, inutilizar,
alterar ou perturbar meio de propaganda devidamente empregado – É crime. Pena: detenção de até 6 meses e/ou
multa.
Art. 331 e 332 do CE, art. 61 e 62 da Res. PE.
“Políticos e fraldas devem
ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”.
Eça de Queiroz
Só lembrando que este pequeno excerto fomentará uma
posterior discussão sócio-juridica, a qual será abordada neste site. A mesma
envolverá esse resumo sobre Direito Eleitoral conexo ao Artigo Científico: o
Estado Contemporâneo - O Poder, o Estado Democrático de Direito e os Partidos
Políticos, escrito por Antonio Ximenes Carvalho. Lembramos ainda que as dúvidas devem ser levantadas em comentários desta página.
Colunista de Ciências Sociais e Jurídicas do Blog, Bacharel e Licenciado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Piauí, Pós-graduando em Direito Constitucional e Processual, Advogado e Assessor jurídico eleitoral. |
terça-feira, 24 de julho de 2012
Sons Parabólicos, Canções e Metamorfose.
As pessoas divergem em muita coisa, mas com
certeza não há alguém no mundo que não se deixe encantar pela valsa de alguma
música. E é sobre esse assunto que conversaremos hoje.
Caro leitor, este que vos escreve é
pseudo-compositor, amante da música e assim como muitos de vocês, tem seus
ouvidos constantemente perfurados pela música da contemporaneidade. Não fossem
apenas os abusos, muitas vezes ainda ouvimos e comentamos músicas insanas, com
a finalidade de que essa maldita sociedade nos aceite, e é vergonhoso, mas isto
também acontece comigo, e você que está rindo, lembre-se de que também é humano
(seu santo em tamanha perfeição). Mas não nos ocupemos disto, posto que uma
leve dose matutina de 23 comprimidos de Prozac, o famoso remédio da alegria,
resolva.
A música meus doutos. Ah! A música...
Larali... Laralá..Lará - Trololololó...lolololo
- Tchu, tchá, tchá, tchú, ô dona Maria quero comer seu bolo, dentre as mais
variadas formas de compreensão do ser através do espírito sonoro. Como o
apercebido desde as canções eruditas de Mr. Catra, Valeska popozuda, e o que
dizer do pagode, o qual muitos têm por samba, e que, a cada nota me faz chorar
por toda a sua calúnia diferida contra o real ritmo brasileiro. O samba de
Cartola e de Noel Rosa. Nas sábias palavras de Arthur Schopenhauer: “a música
exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende.” Deve
ser por isso que tenho total repúdio por esses tipos musicais acima descritos,
acho que não os compreendo, sabe amigo? Prometo, mais uma vez aproveitando o
período eleitoral, que no dia que compreendê-los, eu me matarei.
Contudo, o perpassar pela grande engrenagem
da história é de fundamental importância para que entendamos não apenas o
motivo das sucessivas agressões ao meu ouvido, como também, a denominação de
sociedade evoluída ao todo global hodierno.
É certo que desde antes da escrita já se
produzisse música, datando mesmo, vestígios de uma flauta feita de ossos por
volta do ano de 60.000 a.C., e por volta de 3.000 a.C., a presença de liras e
harpas na antiga Mesopotâmia. O termo música é de origem grega, derivando de musiké téchne, ou seja, a arte das
musas, que na Grécia antiga designava além da música, a poesia e o teatro.
Todavia, desde sempre, o homem concebe a
música como algo maior do que a arte, entendendo-a como ente transcendental. Na
antiga Grécia, a mesma encontrava-se enleada à magia e à mitologia; além do
mais, para eles a música fazia parte do devir, ou seja, da concepção grega do
status do mundo, explicando a existência do homem e a regência divina. Na
Índia, diz-se que, o próprio Brahma ensinou o canto ao profeta Narada e este,
transmitiu-o aos demais homens. Na tradição chinesa a música confunde-se com o
chamado Huang chung, ou seja, o eterno sagrado. No Egito, há o mito de que o
deus Toth criou o mundo por meio dos sons, canções também eram usadas nas
cerimônias e ritos religiosos e militares. O povo babilônico abordava os sons
unindo-os ao cosmo em uma concepção matemática das vibrações acústicas, muitas
vezes representadas na astrologia.
Contudo, na Idade Média, a qual muitos
entendem por idade das trevas, e que não foi bem assim, pois se produziu muito,
pena que essas produções tenham ficado com os membros mais abastados e ligados
a igreja, criam-se novas concepções musicais baseadas no sagrado, tais como
hinos e cânticos que foram sendo aperfeiçoados, dando origem a estilos de canto
litúrgico, como o galicano, o moçárabe e o gregoriano.
Por volta do século XVI, tem início a chamada
música erudita. Esta, em uma definição geral é aquela que se encontra em
oposição a musica popular ou música folclórica, sendo ainda aquela que possui
clareza, austeridade, estruturação formal objetiva, limites e austeridade.
Ao
longo da história da música percebemos como a mesma está ligada a literatura em
suas fases, como o: renascentista, o canônico, o barroco, o clássico, o
romântico, o moderno, dentre outros.
O ilustre pensador suíço, Jean Jacques
Rousseau, concebe a musicalidade afirmando-a assim: “mesmo que toda a natureza esteja adormecida, o que a contempla não
dorme, e a arte do músico consiste em substituir a imagem insensível do objeto
pela dos movimentos que a sua presença excita no coração do contemplador: não
só ele agitará o mar, animará a chama de um fogo, fará correr os ribeiros, cair
a chuva e aumentar as torrentes, como pintará o horror de um deserto medonho,
denegrirá os muros de uma prisão subterrânea, acalmará a tempestade, tomará
tranquilo e sereno o ar, e da orquestra espargirá nova frescura sobre os
bosques”.
Conheci o que chamo de música por volta dos
13 anos, quando me foi apresentado a banda do Paulo Ricardo, o RPM; fiquei fixo
na TV por horas ouvindo aquela sonoridade pulsante do rock embebida em letras
de protesto que interagiam com minha freqüência cardíaca de quase adolescente. Apaixonei-me por rock, àquela época eu passava
por muitas mudanças, sabe? Tudo era estranho, você é estranho e sua família não
entende que você é diferente. Perdi-me em Riffs e solos, de Black Sabbath a Guns’n
Roses. Foi um período de transformação que todas as pessoas passam,
principalmente as esquisitas (onde me encaixo), tive fases melancólicas, ainda
as tenho, ah! Todo escritor tem, e isso, talvez por ser muito passivo a
sentimentos fortes. Logo depois meu pai montou uma locadora e pude conhecer um
pouco da Legião Urbana, no álbum - Mais do Mesmo. Escutem, Legião Urbana não é
apenas música, é sonho, é grito de protesto, é liberdade, é caricatura de jovem.
Ouçam Legião também, o Renato Manfredini era um ser em contraste, um cara ímpar
que nasce de milênio em milênio, o cara forjou minha mente, expandiu-a, Legião
é atual e é muito triste saber que os problemas
sociais que o Renato tratava há tempos continuam nos afetando, e talvez
de maneira mais forte. Depois, passeie mesmo pelo rock, ouvi as mais variadas
vertentes que o compõem, sentia mesmo preconceito por tudo que não fosse rock;
a palavra já suscita: pré + conceito, ou seja, eu possuía um conceito formado sobre
o que eu não conhecia, e isso foi um erro que só se desfez aos meus 17 anos.
Entendo que aos 17 eu não era mais tão
moldável a modelos alheios, ai passei a ouvir MPB, bossa nova e samba de raiz.
Na bossa, destacou-se para mim, o grande João Gilberto e o saxofonista Stan
Getz; na MPB Chico Buarque de Hollanda e Elis Regina, e no samba, os grandes
nomes de Noel Rosa, do ilustríssimo Angenor de Oliveira (vulgo Cartola) e do mestre
e não menos importante Adoniram Barbosa.
Atualmente, possuo total
predileção por ritmos essencialmente nacionais, como a Tropicália, o coco, o
maracatu, o xaxado, o samba, o baião, enfim, os ritmos nordestinos tomam conta
do meu ser, destacando-se a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto e Los Índios Tabajaras,
destes últimos tratará uma postagem especial.
Assim,
encontra-se na contemporaneidade um misto de ritmos, posto que nesse momento da
sociedade a vastidão de tipos humanos é incalculável. Logo, há quem ouça música
apenas como passa tempo, e isso é um direito deles, Havendo também quem sinta a
música brotar no mais íntimo e intocável de seu ser, tendo como refúgio e
referência. A sociedade evoluiu? Sim, ela evoluiu no amplíssimo sentido do
termo, entretanto, nós ainda temos vínculos políticos uns com os outros e
entendemos com foco nisto, que precisamos nos adequar a moldura social.
Para mim, o descrito é uma involução, um
inchaço psicotemporal que colabora para a proliferação de culturas de massa que
acabarão propondo modelos unitários de pensamento e de sociedade. Se você
precisa se adequar ao outro, digo-lhe que, em parte sim, afinal, somos
dependentes neste processo de envolvimento global; o que não se pode é
abandonar a sua personalidade, sua psique, pois, se você vive pelo que o outro
dita, você vive outra vida que não é a sua, e a isso se dá o nome de “alienação
plena”.
Sei que faltou muito a falar, pois, se eu
fosse falar de tudo que gosto em apenas uma postagem eu teria de me internar no
quarto. Mas, por fim, e agradecido por esse blog ter virado mesmo um boteco,
onde amigos conversam e se reúnem, alguns, tendo mesmo passado muito tempo sem
contato, e agradecido também pelo carinho, a consideração, o apoio e as
palavras otimistas, termino esse cantar com uma música que me marcou e que é
uma das minhas preferidas, pois nunca consegui escolher apenas uma, em se
tratando da Legião Urbana, seja pela sua serenidade, pela sua inocência, pelo
seu querer, ou mesmo pela sua humanidade e infantilidade, lhes apresento Giz:
Autor do Blog, Poeta, Contista, Bibliófilo, Cinéfilo, Apaixonado por Música, Bacharelando do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Filósofo de Boteco. Antonio Ximenes figura como um jovem em exponencial intelectualidade. |
sábado, 21 de julho de 2012
A traça que mora em mim.
Hoje este que vos escreve como
diria Frejat: “é puro êxtase”, isto por dois fatos ocorridos neste sábado
inebriante, um dos quais fez com que me sentisse realmente humano, pois a
afirmação de que seu intelecto vale algo é sublime; pelo menos no pensar deste
tolo introspectivo, o mesmo que desajeitadamente esgueira-se com sua mente
inquieta por entre as páginas deste boteco, vulgar e erroneamente chamado de
blog.
O primeiro fato, também muito
importante, foi a homologação, como no dizer jurídico, para aproveitar a brecha
(eita, que hoje estou caliente), do convite proposto ontem a noite ao amigo Dr.
René Iarley da Rocha Marques, no qual o mesmo se compromete a produzir uma
coluna na MusicariaBarcoteca acerca de temáticas de cunho sociológico e
jurídico. O Dr. René Iarley é Bacharel em Direito pela Universidade Estadual do
Piauí (UESPI), sendo também Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela
Universidade Estadual Vale do Acaraú (UEVA). No mais, deixo uma pequena
observação para as garotas que visitam esse boteco, garotas, o meu amigo é um
ótimo partido, fica a dica.
Quanto ao fato supramencionado,
este sendo o segundo fato em ordem cronológica e organizacional, foi o
seguinte: um convite no facebook de um antigo colega de escola e também
seguidor do blog, o senhor Ronaldo Aragão, e uma mensagem onde o mesmo saldou a
iniciativa do blog e enveredou pela seara do pensamento do jovem tianguaense,
ao dizer jovem tianguanse, atentem, não menciono a minha figura, mas sim a do
jovem tianguaense, ora, o que mais poderia ser? Trago ainda, o agradecimento ao
caro leitor, Ronaldo Aragão, em prol do carinho manifestado a mim quanto pessoa
e quanto intelecto, além do convite para ter com ele um filosofar de boteco –
coisa que nem gosto!(risos).
Agora podemos cumprir a promessa
de falar sobre literatura. A palavra Literatura deriva do latim Littera, significando letra, escritos,
cartas.
Precisar as origens da escrita e
da linguagem é por demais pedante, entretanto, levantamentos arqueológicos
estabelecem que os símbolos devam ter sido desenvolvidos por volta de 30.000
anos atrás, e a escrita acerca de 7000 anos. Estes símbolos que compunham a
escrita em seu período mais remoto são classificados como ideogramas, possuindo
traços mnemônicos, ou seja, referências a memória. Sabe-se ainda que o cérebro humano, essa
intrincada e quase indecifrável máquina, teve sua evolução mais profunda ligada
aos códigos comunicativos que perpassaram a espécie humana, sejam estes códigos
sonoros ou simbólico-materiais.
Ainda no que se refere à
linguagem há um fato que me deixa por demais aborrecido, e mesmo que não
queiram eu compartilharei com vossos olhos curiosos que sei não agüentarão pular
este trecho , ocorre que as pessoas tentam corrigir as outras quanto a maneira
de falar, contudo, penso que a linguagem tenha uma única função, qual seja
estabelecer comunicação. Logo, se fulano fala algo para sicrano e sicrano
entende, houve comunicação, a linguagem cumpriu seu dever. Entendo que cultura
é conhecer o outro na sua diversidade, longe da modinha do politicamente
correto (não ligo e vejo isto literalmente e educadamente como uma feze
midiática que não me apraz).
Descobri o prazer da leitura em
2007 (pareço a Marta Suplicy falando), quando de uma feira de livros na quadra
do colégio, apaixonei-me por Drácula de Bram Stoker, capa preta, um castelo
como plano de fundo, sempre fui apaixonado por contos místicos e fictícios, no
caso, vampiros, entretanto, uma amiga minha pegou o livro antes. Não se
chateiem, nem chorem por mim, foi triste? Foi, mas passou e peguei algo que
para mim teve maior proveito, O jovem Lennon do escritor Jordi Sierra i Fabra,
usualmente, a biografia do finado Beatle. Este foi o primeiro livro que li por
completo.
Tenho sido o que se pode chamar
de escritor em desenvolvimento, e ainda não sei se posso ser tido por escritor,
pois aos que me dizem não acredito, e aos que não dizem, não sei o que o calado
quer, mas como tramita no Senado quem cala consente. Não entendo mais nada,
penso que nem você entenda.
Bem, comecei a rabiscar aos meus
tenros 11 anos, quando minha poesia confundia-se com doces de todas as formas
açucaradas. Era horrível minha escrita pobre, minha redundância, a falta de
conteúdo, a ausência de percepção e de senso crítico, mas, entre tantos
qualitativos de deficiência o ofício era lindo. Apenas aos 17 anos posso
dizer-lhes que comecei a ter rabiscos mais consistentes, as idéias se puseram a
construir-se rapidamente, vindo a possuir características próprias e traços
ditos marcantes, como vocês poderão ver no acompanhamento da minha vida
literária e de futuras publicações.
Começo essa outra pobre linha com
uma citação de Ezra Pound, que diz o seguinte: “Toda a arte começa na
insatisfação física (ou na tortura) da solidão e da parcialidade”. E foi assim como quer Pound que comecei a ler
e a escrever, a me perder me encontrado no papel, a desenhar aos poucos e
interminavelmente a sofisticação do intelecto em minha mente, a me isolar do
mundo real e me perder na ficção; esquecia neste meio tempo de quem eu era e me
tornara quem sou, aprendi que poesia é a captação do sentimento transformada em
símbolos para que mais alguém possa saber como você se sente a sua maneira. Li
e escrevi sentado no chão empoeirado dos intervalos escolares, quando eu
precisava de um tempo só meu, na penumbra do meu quarto, quando eu precisava de
um tempo só meu, na solidão da sombra de uma árvore quando eu precisava de um
tempo só meu. Enfim, a literatura foi o
meu refúgio e continua sendo, atualmente com o acréscimo sutil de que ela
tornou-se também minha voz.
A sensação de quando escrevo está
descrita neste pequeno texto, que redigi aos 14 anos, carinhosamente nomeado
como Poética.
Poética
Termino este papo com o vídeo de
Paulo Leminski, um dos chamados poetas marginais; abre parêntese (-a poesia
marginal é uma das gerações com a qual me identifico, os que não buscarem
preconceito ou desentendimento nesta afirmação tenho certeza que compreenderão
a razão disto, bem como a minha identidade com o dadaísmo, o expressionismo, o ultra-realismo
e o concretismo. Para quem já leu algum dos meus poemas penso ser gritante a
percepção de tais coisas).
Autor do Blog, Poeta, Contista, Bibliófilo, Cinéfilo, Apaixonado por Música, Bacharelando do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Filósofo de Boteco. Antonio Ximenes figura como um jovem em exponencial intelectualidade. |
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Enquanto eu dormia a máquina gravava.
Ao longo desta semana as
postagens do blog serão direcionadas ao conteúdo matriz do mesmo. Ai sempre tem
alguém pra perguntar: como assim tio, conteúdo matriz?
- Sim pimpolhos; música, cinema, escritos e escritores,política, cultura , filosofia de boteco e aproveitando que estamos em ano eleitoral atentem, eu prometo se seguido for que ainda esta semana falaremos aqui sobre bebidas e pub.
- Sim pimpolhos; música, cinema, escritos e escritores,política, cultura , filosofia de boteco e aproveitando que estamos em ano eleitoral atentem, eu prometo se seguido for que ainda esta semana falaremos aqui sobre bebidas e pub.
Sem mais delongas o assunto de
hoje é cinema. C e si, n enem, m ama.
Pensam vocês que o cinema é
apenas um roteiro interpretado por atores? A resposta não fornecerei, pois a
pergunta foi direcionada a vocês e não a mim, se quiserem responder nos
comentários fiquem a vontade, afinal, mi blog es su blog. Entretanto como eu
sou alguém que se contradiz vamos passear um pouco por esse universo e quem
sabe eu responda.
A origem da 7ª arte, o cinema,
remonta ao ano de 1895 quando da primeira demonstração pública de um aparelho
revolucionário, em uma sala chamada Eden na França. Este invento era o cinematógrafo,
diz-se que foi criado pelos Irmãos Lumière. Em verdade o cinematógrafo é
apenas um aperfeiçoamento do cinetoscópio, inventado pela empresa de
Thomas Edison. Dizem ainda as más línguas e disso o mundo está cheio, que o
cinematógrafo dos Lumière teria sido mesmo inventado pelo francês Léon Bouly
que havia perdido a patente e que esta teria sido adquirida pelos irmãos
Lumière.
Entretanto, penso que pouco nos
importe esses detalhes mesquinhos de traição e de calúnia; afinal, o que é a
história senão a escrita de carrascos que se sobrepõem uns sobre os outros. Contudo,
voltemos ao nosso assunto, não nos percamos caros leitores, icem as velas,
levantem as âncoras, desfaçam as amarras, segurem o leme com força, assim não,
assim!
Agora que bailamos um pouco por
entre a história podemos valsar com a ébria força da fantasia, e foi ai caro
leitor, que em uma exibição de um dos pequeninos filmes-documentários dos irmãos
Lumière, o ilusionista, também francês, Georges Méliès, sentiu o sentimento mais
primitivo do humano, o mesmo sentimento que arrebatara Eva, a cobiça. Méliès
pretendia usar a engenhosa máquina em suas sessões públicas do Théatre Robert
Houdin, em Paris, entretanto, os Lumière recusaram-se a vendê-lo. August
Lumière sempre afirmou que “sua criança” não se destinava a fins comerciais.
Vocês devem estar se perguntando,
meus lógicos e anti-sentimentais colegas de mesa, onde mora a fantasia nisso
tudo; e eu lhes digo, ela mora em algum lugar dos neurônios e da carne
surrealista de Georges Méliès, gravem este nome.
O ilusionista ainda
abobalhado com o que se colocava viaja então à Londres, onde consegue adquirir
aparelho semelhante, o qual o mesmo ainda adapta à suas necessidades. Para que
se tenha noção do que foi esse homem para o colossal mundo cinematográfico,
Chaplin o chamava de “Alquimista da luz”, quanto que David Llewelyn Wark Griffith, um dos maiores cineastas
estadunidenses, afirmava com veemência que a Méliès devia tudo.
Georges Méliès era
ator, produtor, fotógrafo, figurinista, diretor, ilusionista e desenhista; criou ainda técnicas de
efeitos especiais inovadores para a época, como fantasmas transparentes e
multiplicação de atores e de cabeças que eram lançadas ao ar. Ele não apenas
inova quanto às técnicas, mas também, quanto ao estilo, onde abandona o
documentário e formula a ficção científica. Enquanto escrevo, minha mente
fervilha, imaginem minha cabeça cortada um pouco acima da testa, como laranja
descascada e repuxada para trás, onde aparece um pouco do cérebro envolto em
pura fumaça.
Para que eu possa responder sobre a interrogação elencada no
início desta conversa, pois para com vocês eu não escrevo, eu dialogo,
assistamos a uma obra prima como todas as outras deste ilustre.
Com vocês, de Georges Méliès, Le voyage dans la Lune:
Agora eu posso manifestar minha opinião (risos), como se eu não
manifestasse desde meu primeiro grito na maternidade, ah! mamãe é que me
entende.
Claramente o cinema não é apenas um roteiro interpretado por atores, isso é tão moderno, se vocês soubessem como é - agora sabem. O cinema foi criado porque o homem sonha. Sigam meu delírio; muitas vezes quando acordamos, temos ainda um resquício de memória do sonho, porém, passado algum tempo isso se esvai. O cinema nasce para representar esse sonho. Na primeira postagem deste blog menciono que apenas palavras nunca conseguirão representar o imaginável em sua totalidade, surge então à captação de imagens; não é mágico, isso de você poder representar seu sonho, mostrá-lo aos demais? Eu fico embasbaco com isso, sério.
Claramente o cinema não é apenas um roteiro interpretado por atores, isso é tão moderno, se vocês soubessem como é - agora sabem. O cinema foi criado porque o homem sonha. Sigam meu delírio; muitas vezes quando acordamos, temos ainda um resquício de memória do sonho, porém, passado algum tempo isso se esvai. O cinema nasce para representar esse sonho. Na primeira postagem deste blog menciono que apenas palavras nunca conseguirão representar o imaginável em sua totalidade, surge então à captação de imagens; não é mágico, isso de você poder representar seu sonho, mostrá-lo aos demais? Eu fico embasbaco com isso, sério.
Todavia, Pensamos terminar essa
conversa explicitando que a mercadologia é uma praga, mas claro que não
terminamos, pois espero seus comentários. Prestem atenção, não durmam, já esta quase no fim, pois minha garganta esta seca de tanto falar. Seus sonhos hodiernamente além de serem vendidos, são
escritos para vender; são mal feitos, pois não há preocupação alguma por uma
grande maioria de roteiristas de que um roteiro tenha conteúdo onírico,
conteúdo realmente sentimental. O cinema deixou de ser uma arte em totalidade,
para se tornar um fragmento pseudo-artístico, falo com lágrimas nos olhos, pois
não há nada mais belo do que sonhar e poder sonhar de novo.
Autor do Blog, Poeta, Contista, Bibliófilo, Cinéfilo, Apaixonado por Música, Bacharelando do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Filósofo de Boteco. Antonio Ximenes figura como um jovem em exponencial intelectualidade. |
terça-feira, 17 de julho de 2012
Do q, o q é o q?
Para
quem não me conhece e para quem pensa conhecer, cabe-nos uma pequena
apresentação. Este que vos escreve é chamado de Antônio Ximenes Carvalho, pois
o próprio não se chama, os outros é que o chamam, como na lição de Zé,
personagem do conto de Paulo Mendes Campos. Logo, o Antônio é ávido leitor, apaixonado
pelo universo criado por J.R.R Tolkien e ainda por histórias singelas como a de Homens e Caranguejos do humanista Josué de Castro, prosaicas
como as de Jessier Quirino e poéticas como as de Manoel de Barros.
Atente que o reles mortal também diz-se escritor (perdoem a
expressão), melhor seria dizer que o mesmo use o papel como psicólogo ao
escrever seus poemas sem métrica, quase sempre sem rima, desfocados, mal
entendidos, este último qualitativo se enquadra muito bem a maioria de seus leitores
e das leituras que fazem.
Assim, para que não se perca o fio da meada, cultuo a boa
música, principalmente ritmos inobservados por uma cultura mercadológica
imprópria para uma sociedade tão plural como a brasileira, sou apaixonado por
artes cênicas, quadrúpedes, dadaístas, plásticas, rítmicas, culturais,
políticas, monetárias e tudo que apreenda a inquietação do meu ser em mais
inquietude.
Não
há nada mais confuso que a representação do próprio pensamento. As palavras
talvez sejam a possibilidade maior de se tentar externar o que se pensa. Entretanto, o imaginável em sua totalidade nunca será captado apenas por meio
de palavras.
Contudo,
o banheiro e o uísque são com certeza os melhores amigos do escritor, o uísque
por puro pedantismo e o banheiro por puro romance. O próprio nome deste blog
teve gênese e crescimento no banheiro, quando eu então me apoiava oniricamente
em meu trono, sussurrando baixinho: ah! Que gostoso; escorriam então
pensamentos. Meus caros, amores mios, não construam estrelas com minha pequena
fábula em suas mentes, é apenas devaneio de adolescente em férias.
Por
fim digo que isto é menos um blog do que uma referência a fragmentação da minha
mente a mentes outras, onde se buscará expandir o universo do leitor em um
diagnóstico quase diário de política, música, cultura, filosofias de boteco,
escritos e escritores, bebidas e tudo o mais que possa vir a interessar nossos
espíritos em êxtase de maneira bem humorada e irônica quando o assunto nos
permitir.
Autor do Blog, Poeta, Contista, Bibliófilo, Cinéfilo, Apaixonado por Música, Bacharelando do Curso de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Filósofo de Boteco. Antonio Ximenes figura como um jovem em exponencial intelectualidade. |
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